Para reconhecer o outro na sua condição de pessoa Não é preciso que ele veja o mundo como você vê, nem que distinga formas, rostos e cores com o olhar. É preciso vê-lo acreditando que ele é capaz de enxergar de outro jeito, mesmo que seus olhos não possam ver. Porque não ver, não é impedimento para enxergar o mundo. Não é preciso que ele escute os sons e as vozes que você escuta, nem que fale assim como é mais comum falar. Mas é preciso escutá-lo com a atenção de quem sabe ouvir o que também dizem as mãos, os olhos e os gestos. Mesmo que ele não ouça, nem pronuncie uma só palavra, não é impedimento para escutar as verdades da vida. Não é preciso que o próximo ande com os próprios pés como você anda, nem que use as mãos para tocar o mundo e acenar. Mas é preciso caminhar lado a lado, sabendo que mesmo que ele não tenha o domínio de seus pés, braços, mãos e corpo não o impede de caminhar; porque não andar não é impedimento para seguir na vida. Não é preciso que ele compreenda tudo rápido como você entende. Mas é preciso que você compreenda e alcance o ritmo do pensamento dele e o sentido do seu gesto, mesmo que ele seja mais lento e exija mais proximidade, mais atenção e mais ternura. Porque compreender devagar não é impedimento para aprender sobre a vida. Para reconhecer o outro na sua condição de pessoa, mais do que olhos que possam ver, mais do que ouvidos que podem ouvir, mais do que pernas que andem, precisamos de corações e mentes livres para vê-los, ouvi-los, compreendê-los e respeitá-los no seu direito à igualdade. Isto é necessário porque todos nós devemos respeitar e ser respeitados por nossas diferenças às quais deus fez.
Aos olhos do pai somos uma obra prima.
Em cristo com amor. Deus te abençoe!

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