Li outro dia um estudo devocional que levanta o questionamento sobre o fato de nós, como cristãos, sofrermos na vida, como qualquer outra pessoa, ou até mais. Aí está, reproduzido logo abaixo:
Por que preciso sofrer decepções, tristeza e tribulação? O que eu fiz que Deus me envia provações? Será que Ele está descontente comigo? Estas perguntas são feitas constantemente pelos filhos de Deus.
Muito deste medo e questionamento é devido à nossa falta de compreensão de como Deus lida com os seus. Ele tem boas razões. Uma destas razões é a nossa disciplina espiritual. Deveríamos ter muito mais medo de ficarmos sozinhos do que das correções de Deus. Ele não desperdiça tempo com coisas sem valor que não têm nenhuma perspectiva de dar frutos.
Nas margens do Lago Michigan, nos EUA, há grandes dunas áridas de areia que nunca foram aradas. Mas nas terras baixas e férteis, do outro lado, o fazendeiro está constantemente cultivando o solo. O fazendeiro sabe o que está fazendo, por isso continua a arar o solo. Quanto mais profundo e quanto mais o arado cava, tanto mais preciosa será a safra quando chegar o tempo da colheita.
O arado de Deus vai fundo, mas somente para que, no final, esqueçamos disso e nos regozijemos na bênção de produzir muitos frutos para Ele. “Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados.” (Hb 12:11)
Percebi aí, muitas das minhas próprias dúvidas. Quantas vezes não colocamos em dúvida, o poder de Deus, perguntando a Ele o por quê de certas ações sobre nossas vidas, de muitas angústias, momentos de deseperança, em que pensamos seriamente em voltar atrás, achando que talvez seja uma escolha melhor a ser feita?
Apesar de ser difícil, precisamos, sim, vencer nosso próprio entendimento, pois na verdade, quem somos nós, pra entender o suficiente do que Deus tem preparado para cada um de nós? “Ora, Aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós.” (Ef 3:20)
E, além disso, “deixar que o rio de Deus nos leve”, mesmo não conhecendo as intenções desse rio que está nos levando. Basta sabermos que Ele vai nos conduzir ao melhor caminho que há. Um rumo que, às vezes é árduo, sim, complicado de ser seguido, mas, que, se formos até o fim, firmes, sem voltarmos atrás, nem cairmos nos abismos dos lados, encontraremos o que Ele nos prometeu. E produziremos bons frutos pra Ele, como diz o texto.
“Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” (Rm 8:18)
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