O debate religioso para as eleições presidenciais nos EUA, em novembro, ganha notoriedade, mesmo quando os candidatos tentam deixá-lo em segundo plano. Em novembro, os americanos vão às urnas decidir se Barack Obama continua no cargo de presidente ou se um republicano deverá ocupar sua vaga. A popularidade do atual presidente está em oscilação constante e os candidatos republicanos --que disputam as prévias-- têm o árduo desafio de convencer eleitores descrentes de que a situação econômica do país pode ser resolvida em curto prazo.
Neste cenário, o debate religioso ganha notoriedade, mesmo quando os candidatos tentam deixá-lo em segundo plano. É o caso do mórmon Mitt Romney. O político evita falar da religião e chegou a ocultar em sua biografia os anos que viveu como missionário, algo que todo mórmon é chamado a cumprir na transição para a vida adulta e que é motivo de orgulho para a maioria. Para o professor de Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília) Antonio Jorge Ramalho, o papel da religião ainda tem forte influência na decisão do eleitor. "Os valores religiosos são objeto de manipulação devido à lealdade que a população tem em relação às lideranças políticas", diz.
POPULAÇÃO
Para o especialista, a população está dividida entre as elites que temem um retrocesso no país, a elite consciente dos possíveis riscos com a manutenção de Obama e a grande parcela que está alheia sobre o que está acontecendo no mundo.
BRASIL
Na opinião de Jorge Ramalho, independentemente do resultado nas urnas, os Estados Unidos deverão ampliar a atenção na Américo do Sul e consequentemente no Brasil, com quem têm boas relações.
Fonte: Folha.com
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